terça-feira, 5 de maio de 2015

7 Formas de Iniciar a criação de um livro

Você já teve vontade de escrever um livro? Não sabia como começar? Ou se já começou está se sentindo meio perdido? Este artigo traz idéias de como organizar, desenvolver e escrever o seu livro. Boa sorte e claro boa leitura! Beijos.



Método 1 de 7: Criação de um Conceito.


1. Abrace uma ideia. Ela será o ponto de partida para todo o trabalho. Fica mais fácil encontrar a inspiração que faltava para dar o pontapé inicial no seu projeto literário se você estiver disposto a aceitar novidades, mudanças e observar tudo à sua volta. Daí a importância de sair por aí fazendo e acontecendo.
  • O conceito pode vir de várias formas diferentes. Pode ser uma ideia geral para o enredo, a imagem vívida do ambiente onde se passa a história, a descrição de um personagem fascinante, etc. Por mais vago que seja o conceito, ele sempre pode vir a se tornar um livro interessante.
2. Pesquise sobre o conceito escolhido. Agora que você já tem uma ideia sobre o quê escrever, informe-se sobre o assunto. Por exemplo, imagine-se escrevendo uma ficção futurística sobre videogames para crianças. Observe a molecada nos fliperamas, leia sobre a evolução e últimas novidades sobre videogames e coloque a mão na massa - ou seja, jogue bastante! Ao se empenhar na pesquisa, você vai passar por experiências e situações que vão fornecer mais e mais idéias para a história do seu livro.

3. Explore o conceito. Este é o segredo para conseguir construir o enredo. Você pode tornar o conceito mais complexo ao criar uma conclusão lógica para o mesmo, tendo em mente os resultados e consequências das circunstâncias apresentadas, por exemplo.
  • Ainda no exemplo dos videogames, podemos ir mais a fundo nos perguntando quem fez os jogos. Para quê? O que acontece com quem joga?

4. Leve em conta o público-alvo. Para quem você está escrevendo o livro? Cada grupo étnico, de faixa etária, etc tem os seus gostos, particularidades e experiências compartilhadas. Assim fica mais fácil desenvolver o conceito, determinando o tom usado na narrativa e nos diálogos, determinar como desenvolver os personagens e como a história vai se desenrolar.
  • Apesar disso, não se sinta limitado pela escolha que fez. Ou seja, só porque você vai escrever um livro sobre crianças e videogames, isso não quer dizer que a história não possa ser interessante para adultos também. Veja o caso do Harry Potter. Mas caso você pretenda escrever um livro que consiga envolver mesmo o público que nunca teve contato nenhum sobre o assunto da história, você terá que fazer um trabalho excepcional descrevendo os personagens e os acontecimentos para que a obra seja acessível a todos.

Método 2 de 7: Organize o seu Enredo


1. Determine a estrutura do livro. Sem ela, raramente um livro sai do rascunho. Há basicamente dois tipos de estruturas a seguir. Vale lembrar que, além de uma não excluir a outra, elas podem ser combinadas. As principais são:
  • Estrutura do texto teatral. Normalmente ligada a peças e filmes, pode ser facilmente usada em romances também. A teoria desse tipo de narrativa prega que as histórias convencem quando são separadas em partes bem distintas. Normalmente são três partes, mas pode-se também escrever duas ou quatro seções. Na estrutura dividida em três partes, o primeiro ato consiste em apresentar o personagem principal e os coadjuvantes, o ambiente, o problema a ser superado e informações a respeito do que tinha se passado antes da história em questão começar. Esse início responde por 25% da história. O segundo ato descreve como a ação se desenrola, normalmente descrevendo como os personagens mais importantes enfrentam uma grande adversidade. Esse é o filé da história, correspondendo a 50% da trama. O terceiro ato é a conclusão, na qual o herói enfrenta o vilão e a história atinge o seu clímax. Segue-se então uma sequência de cenas finais. Cada um desses três atos pode ser subdividido em três subseções, cada uma com a sua própria história menor.
  • A Jornada do Herói: Essa teoria ensina que quase toda história pode resumir-se a uma série de arquétipos. Ela começa com o herói sendo convocado para viver uma aventura, a qual ele inicialmente rejeita. Mas outros personagens entram em cena para ajudá-lo a fazer a transição do mundo no qual ele sempre viveu para o mundo de aventuras (no qual ele sente-se solitário e perdido no começo). Vêm então uma série de contratempos e desafios a serem vencidos, geralmente com o auxílio de mais personagens que ele encontra pelo caminho. No final de todas as provações, o herói passa por uma grande transformação pessoal. Finalmente, ele enfrenta o principal vilão da história e volta para casa, trazendo consigo as recompensas pela vitória.
2. Defina o tipo de conflito que vai dar mais profundidade à história. Ao trabalhar o conflito, pode-se chegar a mais desdobramentos e reviravoltas. Os principais tipos são:
  • Homem versus Natureza. O personagem principal luta contra um fenômeno natural. Por exemplo, ele se perde no meio da vida selvagem e é obrigado a enfrentar um animal perigoso como antagonista. O filme 127 horas é um bom exemplo (homem fica com o braço preso nas pedras e tem que tomar uma decisão radical para sobreviver).
  • Homem enfrenta o sobrenatural. Aqui o protagonista luta contra criaturas como fantasmas, demônios. deuses ou outros seres que não pertencem a este mundo. O Iluminado é um filme que ilustra bem esse tipo de conflito.
  • Homem contra homem. É o conflito mais básico que existe, no qual o seu protagonista enfrenta outra pessoa. O Mágico de Oz é um exemplo clássico.
  • Homem contra a sociedade: Aqui o personagem principal vai contra as regras ou normas da sociedade. O romance Fahrenheit 451 ilustra esse conceito.
  • Homem enfrenta a si mesmo. Neste caso, o personagem principal enfrenta os demônios que carrega dentro de si mesmo em um conflito interno intenso. Por exemplo, O Retrato de Dorian Gray.
3. Trabalhe os temas que permeiam o livro. Mesmo sem querer,você acabará lidando com um tema. E ele é a parte principal da história. Ao escrever sobre ele, você fatalmente vai fazer uma afirmação sobre a sua opinião pessoal sobre o assunto. Pense nos temas presentes no seu livro ou que poderiam ser inclusos nele e o que você tem a dizer a respeito. Isso pode ajudar a desenvolver o enredo, criando situações para mostrar suas idéias e opiniões.
  • O epicentro do livro Duna (de Frank Herbert) não é o injustiçado tentando vingar a família dele. Na verdade, a história é sobre os perigos do imperialismo. Herbert deixa claro que acredita que as potências ocidentais tornaram-se irremediavelmente atreladas a uma situação à qual não pertencem e a qual nem em sonho pode ser controlada.
4. Administre as reviravoltas. Elas são os eventos importantes que mudam o curso de ação do protagonista. Você precisa distribui-las ao longo da história para manter o interesse do leitor. Geralmente há uma reviravolta que faz o personagem principal embarcar na aventura, outra na qual todos os planos do herói para vencer os obstáculos vão por água abaixo e finalmente um clímax que desencadeia a batalha final.

5. Faça o rascunho geral. Uma vez que você sabe a onde quer chegar e como chegar lá, coloque tudo no papel ou editor de texto. Esse rascunho será o seu guia indispensável para o seu processo criativo. Escreva a parte mais importante de cada cena, o propósito de cada cena, quais personagens estão em cena, onde ela se passa, o que eles estão pensando e sentindo, etc. Feito o esboço, é só acrescentar cada mínimo detalhe sobre a sequência de eventos para cada cena. Essa é a melhor forma de evitar o branco criativo que os escritores costumam enfrentar, pois assim você consegue escrever pelo menos a essência de cada cena, mesmo que ache que ela ainda não esteja perfeita.
Método 3 de 7: Desenvolvimento de Personagens
1. Defina quantos personagens aparecerão no seu livro. Quanto menos personagens, mais minimalista e solitária será a sensação para quem lê. Quanto mais personagens, mais rico e elaborado será o mundo peculiar que você está criando (lembre-se de Tolkien da trilogia Senhor dos Anéis). É importante determinar o número de personagens já no planejamento do livro, pois eles vão interagir entre si para criar verossimilidade na história.

2. Deixe seus personagens verossímeis. Ninguém é 100% bom ou ótimo em tudo que faz, sem defeito algum. Dar aos personagens defeitos e dificuldades fará com que eles sejam mais próximos da realidade e vai ajudar os leitores a se identificarem com eles.
  • Os defeitos dos personagens darão a você a oportunidade de melhorá-los conforme a história vai progredindo. Talvez essa seja a regra de ouro para uma boa história: seu personagem enfrentando desafios para tornar-se um ser humano melhor no final. É isso que o leitor quer ver, pois ele quer acreditar que, apesar de todas as dificuldades (ou justamente por causa delas), ele também vai acabar se tornando uma pessoa melhor.
3. Aprofunde os personagens. Assim que você conseguir criar um personagem verossímil, conheça a fundo todas as facetas dele. Imagine em como ele reagiria a diferentes situações (mesmo que elas nunca apareçam no livro). Pense no que é preciso acontecer para que ele sinta os mais variados níveis de sentimentos (ódio, raiva, frustração, satisfação, compaixão, etc). Quais são os sonhos e esperanças dele? O que o faz chorar? Quem é mais importante para ele, e por quê? Sabendo tudo isso sobre seus personagens, você vai conseguir entender melhor como eles iriam agir nas situações que você cria para eles. O personagem fica mais consistente e próximo da realidade.


4. Avalie seus personagens. Uma vez que você está no meio do processo de desenvolvimento deles, pare para avaliar se eles são realmente importantes para a trama. Caso não sejam, é melhor cortá-los. Personagens irrelevantes em abundância podem estragar um livro com potencial para ser excelente.



Método 4 de 7: Construa o Ambiente


1. Visualize o ambiente. Imagine onde se passa a história do livro. Imagine a arquitetura, o modo como as cidades foram projetadas, como são a fauna e a flora, etc. Agora passe toda essa imagem vívida para o papel ou computador. Dessa forma suas descrições serão mais consistentes e detalhadas, permitindo a criação de ambientes mais realistas e que conseguem levar o leitor à uma imersão na história.
  • Por exemplo, suponha que o céu no seu livro é verde. Tudo o que você precisa fazer para convencer o público é acreditar que o mundo criado por você está realmente ali. Descreva como o pôr-do-sol foi deixando no céu uma cor verde-pálida como a parte de trás de uma folha até ficar com uma tonalidade verde iridescente, cheia de reflexos como uma bolha de sabão. Faça com que o leitor consiga visualizar as imagens do livro como se ele mesmo estivesse vendo tudo de perto.
2. Lembre-se da logística. Digamos que você tenha decidido escrever sobre um grupo de heróis atravessando a pé a montanha para chegar em uma cidade lendária do outro lado. É uma boa premissa, mas há de se levar em conta que a travessia de uma montanha leva muitos meses, ou seja, é preciso ser razoável. Por exemplo, imagine se a jornada deles terminasse em dois dias. O leitor ficaria no mínimo frustrado por achar um furo tão grande no enredo.

3. Use os cinco sentidos a seu favor. Você precisa estimular os sentidos do seu público se quiser que eles se envolvam totalmente com a história. Não basta dizer que seus personagens comeram carne assada. Diga como a carne estava suculenta a ponto do caldo dela encher a boca de um aroma de churrasco a cada mordida. Outro exemplo: ao invés de simplesmente dizer que o sino estava tocando bem em cima da sua cabeça, descreva como o som do sino estava tão alto que parecia martelar cada pensamento existente na sua mente, até que você não conseguia pensar em absolutamente mais nada exceto o tocar do sino.



Método 5 de 7: Prepare o Seu Canto Criativo

1. Escolha um método para criar. Pense em como você quer escrever o livro. Na medida em que a tecnologia avança, fica cada vez mais fácil pôr as idéias em um editor de texto. Lembre-se de que o método que você escolher vai influenciar diretamente o modo de publicação do livro. 

Você pode escrever o texto com caneta e papel, digitá-lo no computador ou usar um programa que grava a sua voz e a transforma em texto. A escolha é bastante individual; o que funciona para um pode não ser prático para outro.
Você pode escrever o texto com caneta e papel, digitá-lo no computador ou usar um programa que grava a sua voz e a transforma em texto. A escolha é bastante individual; o que funciona para um pode não ser prático para outro.
Você pode escrever o texto com caneta e papel, digitá-lo no computador ou usar um programa que grava a sua voz e a transforma em texto. A escolha é bastante individual; o que funciona para um pode não ser prático para outro.
Você pode escrever o texto com caneta e papel, digitá-lo no computador ou usar um programa que grava a sua voz e a transforma em texto. A escolha é bastante individual; o que funciona para um pode não ser prático para outro.
  1. 2. Defina onde será o seu canto criativo. Você precisa de um espaço no qual possa trabalhar sem interrupções. O lugar precisa ser confortável e livre de objetos que o distraiam. As escolhas mais comuns são o escritório de casa, um café tranquilo ou uma biblioteca.

    3. Deixe alguns mimos ao alcance das mãos. Tenha tudo o que você precisa por perto para diminuir as interrupções o máximo possível. Uma garrafa térmica com café, petiscos, uma cadeira preferida, enfim, cada escritor tem um ritual sem o qual não consegue trabalhar.
Método 6 de 7: Decida Sobre o Horário de Trabalho
1. Conheça o seu ritmo e quais os horários nos quais você consegue ser mais criativo. Pode ser que a escrita flua melhor após ler o livro de outro autor. Ao ter esse auto-conhecimento você consegue organizar o que ajuda o seu trabalho e a evitar o que atrapalha.

2. Escreva sempre nos mesmos horários. Uma vez decidida a rotina de trabalho, mantenha-se fiel a ela. Durante esse período, dedique-se exclusivamente à arte de escrever. Assim o hábito de criar naquele mesmo horário torna-se natural e você consegue ser mais produtivo.

3. Saiba superar o bloqueio criativo. Não é nada fácil continuar escrevendo quando não se tem inspiração. Não ignore o problema; ao invés disso, busque inspiração à sua volta. Faça uma pausa e saia para ver gente, ler outros autores, ver filmes, aprofundar-se na pesquisa sobre o assunto do livro, enfim, vale tudo para não deixar o trabalho parado por muito tempo. Caso contrário, você será um daqueles escritores com vários livros inacabados e nenhum publicado.
Método 7 de 7: Orientação Específica
1. Comece a escrever o seu livro! Agora que você já conhece os segredos para tornar seu livro interessante, é hora de colocar tudo em prática. Vale conferir os seguintes artigos do wikiHow. Eles podem servir de referência:

    #Dicas
    • Não se acanhe de pedir ajuda a outras pessoas. Críticas construtivas e opiniões sinceras são sempre bem-vindas, uma vez que você não tem como avaliar o seu próprio livro imparcialmente.
    • Deixe para pensar no título do livro depois de terminá-lo. A melhor hora para dar um nome a ele é depois que você terminar de revisar o texto.
    • Carregue sempre papel e caneta ou qualquer outra coisa na qual você pode ir anotando suas idéias conforme elas forem aparecendo. Nunca se sabe quando exatamente elas virão, então vale a pena estar sempre prevenido!
    • As chances de vender seu livro aumentam se ele tiver entre 200 e 250 páginas.
    • Pegue uma folha, escreva as primeiras palavras que vierem a sua cabeça, depois leia todas elas, assim você terá algumas inspirações para acompanhar a linha de raciocínio que você já iniciou.


    • Este artigo foi fundado por Wikihow.

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